sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mais & Menos (2)

Mais – A Cidade de Elvas, está bonita e apetecível. Tenho passado por lá várias vezes ultimamente e tenho gostado de toda a evolução que têm sofrido, estando dotada de infra-estruturas de boa qualidade.
Poderá não ser uma pessoal consensual, mas a verdade é que o Sr. Rondão Almeida têm canalizado muitos fundos e feito obras que ao longo dos anos irão ser ainda mais valorizadas.

Menos - Nos últimos tempos, que tenham contabilizado foram três, os acidentes ocorridos na EN. 373 que liga Campo Maior a Elvas. A estrada foi alvo de arranjos à pouco tempo, porém sem ter sido remodelada como estava previsto, uma vez que se tal fosse assim, teria sido alargada e muito possivelmente se poderia ter salvo uma vida esta semana neste percurso.

Quais são os vossos Mais & Menos?

Cumprimentos.

PS: O tempo já está a mudar, este vento de manhã não vai com nada! Enfim... um muito bom fim-de-semana!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Prioridades (1)

Prioridades, existem por todo lado, não só no trânsito, aposto que na sua casa existem também, seja lá para o que for, na minha obviamente também existem. Aliás todos os dias tomamos decisões em detrimento de outras situações, ou seja, damos prioridades a determinadas situações.

Em Campo Maior, têm ocorrido e estão neste momento a recorrer obras, com a chancela da nossa Câmara Municipal.
Um exemplo, a nova piscina é uma grande mais valia para a nossa vila, mas será de facto de isso que a nossa vila mais necessita?
Existem algumas situações que mereciam serem PRIORIDADES por parte do nosso Município, acredito piamente que os Campomaiorenses, olham para certas situações e que sente que as mesmas deveriam ser resolvidas em detrimento de outras.

A rede viária, é hoje um instrumento muito importante para o desenvolvimento de qualquer localidade.
Como devem saber, a estrada que liga Campo Maior ao Retiro (ER 371) e a que liga a nossa Vila a Arronches (EN 371), irão ser alvo de obras, estas situações desde à muito eram uma prioridade, pois são fulcrais para o nosso desenvolvimento. Porém, existem mais vias que deverão ser reparadas, embora na minha opinião uma exige uma maior celeridade, falo do troço que liga Campo Maior à Barragem do Caia, a outra é a que liga a Vila a Ouguela.
Tanto pelo número de carros que passam, como por uma situação estratégica, urge reparar a via que nos leva à Barragem do Caia.

Será por estas estradas estarem em más condições, que Ouguela e a Barragem do Caia se encontram ao abandono? Fica a questão no ar.

Deixo aqui um exercício, comparem as vias de Campo Maior e Elvas, abismal não é? É a diferença entre o aproveitamento dos fundos da União Europeia e o seu não aproveitamento, mais interessante é o facto desses mesmos fundos serem cada vez menores, tendo terminado mesmo para algumas situações.
Visto tal, não faço ideia de quanto tempo iremos demorar a recuperar este atraso. As estradas mencionadas têm poucos quilómetros mas fazem uma grande diferença.

Cumprimentos.

PS: Para mais informação, sobre este assunto, clique aqui e aceda ao Blog Siripipi Alentejano.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"Tradições"...que opinam depois do que viram?

O evento Tradições 2008 terminou neste domingo. Ao logo de 9 dias, várias foram as actividades que levaram aos campomaiorenses motivos para sair à rua. Os desfiles ao fim-de-semana, os espectáculos em vários pontos da vila durante a semana, as varandas a São João e a semana gastronómica em alguns dos restaurantes do concelho, foram as actividades programadas neste Tradições 2008, que culminou ontem na Praça da República a sua terceira edição. No noticiário das 12.00 horas, desta segunda-feira, a vereadora da Cultura, Ana Golaio, fez, em directo e no estúdio, o balanço da iniciativa e falou sobre o facto de ter havido alguns visitantes em Campo Maior à procura das “Festas das Flores”.”
(Fonte: Rádio Campo Maior, 08-09-2008)

Neste evento não teve ausente a polémica, alguns concordavam com estas festas…outros nem por isso, além isso, existiram muitas comparações com as nossas Festas do Povo e muitas pessoas vieram até Campo Maior à procura das mesmas.


Deveremos ser realistas, recorrer aos baús das memórias e descobrir se algo do que estava inserido nas ditas "Tradições", se pode considerar como tal. Fazendo tal, aparecem muitas coisas que não eram de forma alguma tradições da nossa vila.


Na minha opinião, acho que as "Tradições" são feitas em parte para nos fazer esquecer as nossas verdadeiras festas, as Festas do Povo! Outras razões válidas haverá, como tal, não se pode dizer que " … é a Festa em que os Campomaiorenses gostam de participar, à qual assistem com alegria e que transportam no coração, porque as suas raízes e a vivência das suas gentes estão nelas representadas…", tal como afirma o Sr. Burrica. É verdade que os Campomaiorenses gostam de participar em festas, porém não podem transportar no coração algo que nunca fez parte do mesmo.


Visto as “Tradições” já terem terminado, qual é a vossa avaliação sobre as mesmas?

Concordam com estas a realização destas?

Deverão voltar em futuras edições?


Cumprimentos

PS: Encontra-se disponível uma nova votação, sobre este mesmo tema.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

E o candidato ao Município pelo P.S é....Prof. Arménio Carapinha!

Desde já, quero agradecer a todos os que votaram, 115 votos é obra!

Saiu airoso desta votação o Prof. Arménio Carapinha, com 45% dos votos (52 votos), em segundo encontra-se o Sr. João Muacho com 17% (20 votos), seguido de muito perto pelo Sr. João Manuel Nabeiro com 16% (19 votos).
Os ditos distanciam-se substancialmente dos restantes “candidatos”, tendo ficado o Sr. Rui Nabeiro e o Sr. Francisco Funenga na quarta posição, cada um com 5% (6 votos). Nas últimas três posições, encontram-se respectivamente o Sr. Pedro Murcela (5%), o Sr. Amílcar Santos (3%) e por último a Sra. Isabel Raminhas.

Destaca-se claramente o Prof. Arménio Carapinha, o qual é neste momento o Director do Centro Distrital da Segurança Social de Portalegre, comentando-se que não estará na disposição de abandonar o cargo.
O Vereador a tempo parcial João Muacho, aparentemente dos três primeiros parece ser o que se encontra mais disponível, o mesmo está integrado nos quadros da Câmara Municipal de Campo Maior, porém um projecto que respeite os seus valores será bem-vindo.
Quanto à terceira escolha, o Sr. João Manuel Nabeiro, um dos gestores do Grupo Nabeiro, não deverá estar disponível para ocupar este cargo.

Dos restantes destaca-se o Sr. Francisco Funenga, já com um longo passado politico e actual Vereador do Município, porém o último desaire eleitoral, deverá fazer com seja relegado para um segundo plano. O Sr. Amílcar Santos, também têm experiência em cargos de natureza politica, tendo sido inclusivamente autarca em Portalegre, porém o pouco apego à terra poderá constituir um factor menos positivo. Merece uma referência o Sr. Rui Nabeiro, não duvido que poderia ser uma opção, porém neste momento da vida do próprio deve haver coisas bem mais importantes para fazer.

Concluindo, a minha aposta vai para o Prof. Arménio e o Vereador Muacho.

E vocês que acham?

Cumprimentos.

PS: Amanhã nova votação. A partir de hoje, uma votação será fechada nas terças e abrirá uma nova nas quartas, para dar tempo à discussão.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

S.C.Campomaiorense...mais além?

O Sporting Clube Campomaiorense (S.C.C), foi fundado em 1926, sendo até hoje o último clube alentejano que esteve presente no escalão maior do futebol português.
Muito se falou, quando o Campomaiorense abandonou o futebol profissional em 2002, aliás foram mais os que falaram dos que iam ver os jogos. Procuraram as razões para esta decisão, mais além do óbvio… para muitos continua ainda a não o ser! Convém referir, que o S.C.C ficou mesmo sem futebol no escalão sénior.
Entretanto o S.C.C voltou a ter uma equipa de futebol (desde a época 2006/2007), mas desta vez amadora, esta tem-se mantido pela distrital (Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Portalegre). Além isso, o clube apresenta hoje novas infra-estruturas, que vão desde uma clínica até ao ginásio.
De referir que o clube nunca abandonou a formação, sendo a actual equipa de futebol sénior suportada pela referida.
Já passaram seis anos, desde o abandono do futebol profissional por parte do S.C.C, será que estaria na hora de tentar algo mais do que o distrital?

Na minha opinião gostava que assim fosse, porém sem as altitudes de outrora, algo de mais fácil sustentabilidade, talvez uma segunda divisão, seria óptima tendo em conta a dimensão da nossa Vila!
Muitos afirmam que o Campomaiorense, depois de bandonar o futebol profissional, tornou-se num clube mais humano, olhou mais para a população e através dos seus meios tentou colmatar algumas lacunas existentes em Campo Maior. Mas será isso que o povo de Campo Maior quer? Talvez não…talvez sim!

E vocês caros conterrâneos, gostavam de ver o Campomaiorense apostar em algo mais do que o Campeonato Distrital?

Cumprimentos.

PS: Caso queiram saber mais sobre o Campomaiorense, podem ler o livro do mesmo clicando aqui.

Decréscimo e Envelhecimento da População no Distrito de Portalegre...e no Concelho de Campo Maior

Este tema foi-nos proposto, por um dos mais assíduos leitores e comentadores do blogue, O Sr. Jack The Ripper, ao qual agradeço. Relembro, que podem seguir este exemplo, iremos ter em conta as vossas sugestões.

Passo a citar a adaptação que fiz, de um estudo sobre o decréscimo e envelhecimento da população no Distrito de Portalegre, publicado no Sitio do Jornal Fonte Nova, com o título “Distrito de Portalegre continua a perder população e a envelhecer”, no dia 6 de Setembro do presente ano(podem consultar na íntegra clicando aqui).

“A estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) referente á população residente no final de 2007, vem confirmar a tendência para a diminuição e envelhecimento populacional, um fenómeno que começou a ganhar notoriedade em princípios da segunda metade do século XX e que, pelo menos no que concerne à maioria dos concelhos do interior do país, requer a implementação de um conjunto de medidas no sentido de atenuar o desequilíbrio demográfico.

Distrito de Portalegre
Entre 1864 e 2007, sobressaem duas características dominantes: até 1950, o Distrito de Portalegre registou um número sempre crescente de habitantes; a partir de 1960, inclusive, a perda de moradores passou a ser uma constante.

Em 1950, o Distrito de Portalegre contava com mais de duzentos mil habitantes, mas a estimativa referente a 2007 apontava para pouco mais de 118 mil moradores.
É notória a existência de um significativo estreitamento ao nível dos grupos 00-04, 05-09, 10-14 e 15-19 anos de idade, e um alargamento nos escalões etários mais elevados, principalmente a partir do grupo etário 65-69 anos.

Se procedermos a uma análise segundo o sexo, constatamos que a partir do escalão 45-49 anos, a percentagem de mulheres é sempre superior, confirmando os valores diferenciados em termos de esperança de vida à nascença, ou seja, os homens morrem mais cedo do que as mulheres.
Como possível hipótese explicativa para este fenómeno podemos referir o facto de os homens estarem há muito mais tempo, expostos às pressões e a certos vícios quotidianos, enquanto que a mulher, para além de revelar uma maior preocupação em recorrer à medicina, no sentido de adoptar medidas preventivas em termos de saúde, tem uma entrada relativamente recente no mercado de emprego, sobretudo em zonas com fortes características urbanas, sendo essa uma razão acrescida para que os efeitos provocados pelas atribulações que caracterizam o quotidiano da actividade profissional, continuem a reflectir-se em termos de envelhecimento populacional no decorrer dos próximos anos.

A este propósito, sublinhe-se que em pouco mais de um quarto de século, o índice de envelhecimento populacional do Distrito de Portalegre registou um agravamento significativo, passando de 93,3 (em 1981) para 205,4 (em 2007).

Concelhos
A partir de 1950, o declínio populacional a nível concelhio apresenta valores preocupantes. As quinze áreas concelhias que integram o Distrito de Portalegre perderam população, mas se observarmos os dados constantes no Quadro (anexo), mais concretamente no que respeita à variação percentual registada entre o recenseamento de 1950 e a estimativa referente a 2007, deparamos com algumas particularidades: Alter do Chão, Gavião, Monforte, Crato e Nisa perderam entre 61,3% e 63,4% dos moradores; Fronteira, Marvão, Arronches e Sousel registavam variações cujos valores que se inseriam num intervalo compreendido entre -54,1% e -58,6%; Castelo de Vide e Avis perderam, respectivamente, 47,9% e 47% da população. Ou seja, o esvaziamento populacional abrange, de forma significativa, onze dos quinze municípios do Distrito.

Portalegre foi o concelho que registou a menor variação (-14,4%), seguido de Campo Maior (-17,6%), assumindo-se como os únicos municípios que não tinham atingido a barreira dos 20%. Ponte de Sor era o terceiro concelho com menor variação (-21,6%), enquanto Elvas registava uma perda correspondente a -25,7%.

(Clique aqui para melhor visulaização da tabela)

Possíveis Hipóteses Explicativas
O contínuo agravamento da situação existente permite-nos avançar com algumas hipóteses explicativas, nomeadamente:

- a contínua desertificação do interior, fruto da manifesta incapacidade em criar novas indústrias, diversificar o comércio e melhorar/modernizar a agricultura, de molde a gerar empregos e a consequente fixação da população dos escalões etários jovens;

- a diminuição do índice de fecundidade (número médio de filhos por mulher em idade fértil) cujo valor (cerca de 1,3) permanece abaixo do nível de substituição de gerações (estimado em 2,1);

- a diminuição da taxa de nupcialidade e a crescente propensão para o casamento tardio (a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho tem vindo a avançar, situando-se, no que concerne ao Alentejo, próximo dos 28 anos);

- o acentuar da tendência para a redução do agregado familiar ao número mínimo de elementos (casal com um filho);

- as alterações verificadas relativamente ao aumento da esperança de vida (sobretudo, graças à evolução da medicina).

Os números traduzem a realidade de uma zona onde o acentuar dos sinais de envelhecimento exigem reflexão, empenhamento e a adopção de estratégias tendentes a alterar o rumo dos acontecimentos, tanto mais que o progressivo crescimento da população idosa é envolvido por um conjunto de características, em que a especificidade de algumas delas condiciona e determina os comportamentos e as atitudes dos restantes actores sociais na vida quotidiana.

Análise de: José António Correia Pais - Sociólogo"

Campo Maior, ao contrário do que alguns pensam, têm sofrido um decréscimo de população. Acredito que a nossa vila se apresente como um caso particular, devido a sua forte componente industrial, porém isso não poderá ser "tudo" ou por outras palavras isso não chega, para manter as pessoas por cá, é necessário mais e melhor.

Como pode a nossa Vila travar esta situação? Será inevitável devido aos tempos que correm?

Enfim...comentem este estudo, haverá muito para dizer e discutir.

Cumprimentos.

PS: A adaptação/resumo que apresento, resume o essencial, porém convido que leiam o documento na integra (clique aqui).